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Tupac
Tupac

 

 


Tupac Amaru Shakur (Nova Iorque, 16 de junho de 1971 - Las Vegas, 13 de setembro de 1996), mais conhecido pelos seus nomes artísticos 2Pac , Makaveli ou apenas Pac , foi um rapper estadunidense. Vendeu até à data da sua morte cerca de 75 milhões de álbuns,[3] assim tendo entrado para o Guinness Book como o maior vendedor de CD de gangsta rap[4] Além de ser músico, Tupac também foi ator e ativista social.[5] A maioria das suas canções trata sobre como crescer no meio da violência e da miséria nos guetos, o racismo, os problemas da sociedade e os conflitos com os outros rappers. O trabalho de Shakur é conhecido[6] por defender a igualdade política, económica, social e racial. Antes de entrar para a carreira artística, ele era um roadie e dançarino de hip hop alternativo. Começou a fazer sucesso quando entrou para o grupo Digital Underground.[7][8]

Shakur tornou-se alvo de diversas ações judiciais e sofreu outros problemas legais. No início de sua carreira, ele foi atingido por cinco tiros e assaltado no corredor de um estúdio de gravação em Nova Iorque. Após o incidente, Tupac começou a suspeitar que outras figuras da indústria do rap ficaram sabendo do acontecido e não avisaram Shakur, o que desencadeou a rivalidade entre as costas Leste e Oeste. Mais tarde, Shakur acabou sendo condenado por abuso sexual[9][10] e ficou preso durante onze meses, tendo sido liberado da prisão em um recurso financiado por Suge Knight, diretor executivo da Death Row Records. Em troca da ajuda de Suge, Tupac teve de gravar três álbuns sob o selo Death Row.

Na noite de 7 de setembro de 1996, Tupac, dentro do carro de Suge, foi atingido por quatro tiros em um tiroteio, na cidade de Las Vegas. Ele faleceu seis dias depois, vítima de insuficiência respiratória e parada cardíaca, na Universidade Médica de Nevada. 2Pac foi o maior rapper de todos os tempos, conforme citou o jornal americano The New York Times.
Tiroteio e morte

Na noite de 7 de setembro de 1996, Shakur foi assistir a uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand, em Las Vegas. Após deixar a partida, um dos associados a Suge, Orlando Anderson, um membro da Southside Crips, discutiu com o rapper na portaria do ginásio, e os dois agrediram-se. Os aliados de Suge e Shakur assistiram à "luta", a qual foi filmada pelas câmeras de vigilância do local. Algumas semanas antes, Anderson e um grupo da Crips haviam roubado um membro da facção da Death Row, em uma loja Foot Locker, prevendo um ataque a Shakur. Após a briga, Tupac encontrou-se com Suge para ir a uma propriedade da Death Row. Então, entrou em um BMW E38 sedan, de propriedade de Suge.

Às 10:55 da noite, quando parou em um sinal vermelho, Tupac abaixou o vidro e um fotógrafo tirou sua foto[13]. Aproximadamente, dez minutos depois, foram paradas por policiais, pois estavam com o som do carro muito alto e não estavam com a placa de licença. Então, Suge pegou as placas de dentro do porta-malas, e os dois foram liberados minutos depois sem serem multados.[13][14] Por volta das 11:10, quando parou em um sinal vermelho no Flamingo Road, perto do cruzamento Koval Lane, em frente ao Hotel Maxim, um veículo ocupado por duas mulheres aproximou-se de Tupac, com o qual conversaram e convidaram para ir ao Clube 662.[13] Aproximadamente cinco minutos depois, um Caddilac branco, modelo antigo, com um número de ocupantes desconhecido, se aproximou da BMW, abaixou o vidro da janela e disparou cerca de doze ou treze tiros contra Shakur. Ele foi atingido por quatro deles, acertando uma na cabeça, duas na virilha e uma na mão.[12][13] Um dos tiros provavelmente ricocheteou no pulmão do rapper.[15] Suge foi atingido na cabeça por estilhaços, mas acredita-se que a bala passou de raspão por ele.

Após chegarem ao local, policiais e paramédicos levaram Suge e o ferido mortal Shakur para o Centro Médico Universitário. De acordo com a entrevista de um dos melhores amigos do rapper, o diretor de vídeo Gobi, ele recebeu no hospital a notícia de um funcionário da Death Row avisando que os atiradores haviam chegado na gravadora e estavam a enviar ameaças de morte a Shakur, alegando que estavam indo para lá "acabar com ele".[18] Ao ouvir isso, Gobi imediatamente avisou a polícia de Las Vegas, mas eles afirmaram estar sem policiais disponíveis e ninguém poderia ser enviado.[18] No entanto, esta ameaça não foi concretizada.[18] No hospital, Tupac esteve por momentos consciente e por outros inconsciente, tendo sido fortemente sedado, respirando através de um ventilador e um respirador. Foi colocado em máquinas de suporte à vida, e acabou por ser posto em um coma induzido por barbitúrico após repetidamente tentar sair da cama.

Após ter sobrevivido a uma série de cirurgias - inclusive a da retirada do pulmão direito, mal-sucedida - Shakur submeteu-se a fase crítica da terapia médica, e foi dada uma chance de 50% de continuar vivo.[18] Gobi saiu do centro médico após ter sido informado que o artista teve uma melhora de 13% na noite de sexta.[15] Enquanto a Terapia Intensiva estava a ser realizada na tarde de 13 de setembro de 1996, Tupac faleceu de hemorragia interna; os médicos tentaram reanimá-lo mas não conseguiram impedir a propagação da hemorragia.[12][19] Sua mãe, Afeni tomou a decisão de informar aos médicos para desligarem os aparelhos.[15][19] Foi declarado morto às 4:03 da tarde (PDT).[12] As causas oficiais da morte foram descritas como insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, além dos múltiplos ferimentos das balas. O corpo de Shakur foi cremado.[20] Mais tarde, suas cinzas foram misturadas com maconha e fumadas por membros do grupo Outlawz.[21]
[editar] Especulações sobre o assassinato

Devido em grande parte à falta de provas oficiais, muitas investigações e teorias relacionadas ao assassinato surgiram. Por causa da rivalidade entre ele e The Notorious Big, houve desde o início especulações sobre a possibilidade da colaboração de Biggie no assassinato. Ele, assim como seus associados e sua família, negou veementemente a acusação.[22] Em 2002, o escritor Chuck Phillips, do Los Angeles Times fraudulentamente alegou ter descoberto evidências envolvendo Biggie, além de Anderson e a Southside Crips no ataque.[22]. No artigo, Phillips citou fontes anônimas de um membro da gangue que alegou que Biggie tinha ligações com os Crips, muitas vezes contratando-os para a segurança durante as aparições na Costa Oeste. No entanto, em 2008, o LA Times publicou um documento oficial da história contada por Phillips.[23] As fontes que o jornalista utilizou foram descobertas por The Smoking Gun e eram completamente fraudadas, o que implicou na demissão do empregado menos de cinco meses depois.[23] Biggie foi assassinado em março de 1997.

A família de Biggie apresentou a MTV uma documentação declarando que o rapper estava trabalhando em um estúdio de gravação de Nova Iorque quando Tupac foi assassinado. Seu gerente Wayne Barrow e o cantor James "Lil' Cease" Lloyd afirmaram publicamente que Biggie não teve participação nenhuma no crime e ainda alegaram que estavam com ele no estúdio na noite do evento.

A violência das gangues das duas costas chamou a atenção do cineasta inglês Nick Broomfield, o qual fez o documentário Biggie & Tupac o qual examina a falta de progresso no caso, entrevista pessoas próximas aos dois rappers falecidos e os inquéritos. O amigo de infância de Shakur e membro do Outlawz Yafeu "Yaki Kadafi" Fula estava no comboio quando o assassinato ocorreu e indicou à polícia que ele poderia ser capaz de identificar os bandidos. Porém, foi baleado e morto pouco depois em um projeto de habitação em Irvington.

Um DVD intitulado Tupac: Assassination foi lançado em 23 de outubro de 2007, mais de onze anos após o assassinato do rapper. Ele explora os aspectos em torno do evento e oferece uma nova visão do caso, com detalhes do ambiente.

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